domingo, 1 de março de 2009

Ranking da Corrupção


No final de 2008 organização Transparência Internacional realizou uma pesquisa sobre a percepção da corrupção pelo mundo e infelizmente a notícia não é nada boa. A pesquisa colocou o Brasil numa posição incomoda caímos mais oito posições no ranking da corrupção, comparativamente a 2007.

Ficamos na posição 80, com pontuação de 3,5, ao lado de Burkina Fasso, Tailândia e Arábia Saudita. O critério classificatório de pontuação é objetivo: quanto mais perto de 10, menos corrupção. Os países pobres e em desenvolvimento são aqueles onde a corrupção tem presença garantida em alta escala. Os países menos corruptos são Dinamarca, Suécia e Nova Zelândia com 9,3 de pontuação. O que mais me chamou atenção na pesquisa da Transparência Internacional, foi à posição de dois países latino-americanos, classificados no número 23, no ranking da corrupção. O Chile e o Uruguai obtiveram nível de pontuação de 6,9, à frente de vários países ricos e desenvolvidos do mundo, o que comprova que o combate à corrupção quando enfrentado com competência produz resultados. Infelizmente não é o que ocorre no Brasil.

Com essa realidade, o chamado "crime do colarinho branco" acontece com freqüência em nosso país e seus tentáculos chegam com facilidades aos municípios onde existem governos descomprometidos com o combate a corrupção, pois, como disse o sociólogo norte americano Edwin Sutherland
“A corrupção é o delito tipificado por pessoas de elevado status socioeconômicos. E de grande respeitabilidade no exercício das suas atividades no mundo empresarial.”

Podemos perceber que em nossa cidade a força da corrupção esta no tráfico de influências, sonegação fiscal e fraudes como os casos que ultimamente estamos acompanhando pela imprensa local. Dados fornecidos pelo Fundo monetário Internacional (FMI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mostram que 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional é perdido com corrupção e fraudes. O montante que o Brasil deixa de arrecadar representa a perda de R$ 160 bilhões, anualmente. Para se ter uma dimensão do crescimento da corrupção em 2008, o Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) recebeu dos bancos 300 mil registros de operações suspeitas detectadas como movimentações atípicas no sistema financeiro. Em 2007 foram 141 mil operações, ou seja, de ano para o outro mais que o dobro de registros suspeitos.

O mais triste nesta história toda é que Itapeva parece que entrou de vez no grupo das cidades que perderam a linha entre o publico e o privado um dos motivos que nos levaram a esta posição é o inchaço no numero de cargos de confiança isso é muito nocivo e o aumento da criminalidade acaba apontando prioridades a nossa justiça que prefere à condenação de assassinos e outros criminosos a condenação dos crimes de corrupção e fraudes. A esperança é que a lei daqui pra frente seja aplicada com capacidade .

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