Tenhamos muito cuidado com os políticos que gostam de arar no terreno alheio. Totalmente fora de sua alçada, do tipo que gosta de aparecer em público como aquele que tem a solução para a crise financeira mundial. Dos palpites do tipo, estatização do crédito, o controle do câmbio e a redução dos juros como o caminho a ser seguido. Nada novo, evidentemente. Mas esse não é o equívoco principal da conduta do sabichão. O problema é que enquanto ele brinca de opinar, enquanto se arvora em ser chefe do executivo, ele deixa de cumprir a própria missão, que é a de governar de verdade, de fazer obras e de agir dentro da lei e da ética.
Contra os fatos e avesso a realidade, Cavani se esqueceu de arrumar a casa e em conversar com áulicos afirmou que a crise não chegou a Itapeva, concordo com o senhor, pois ela nunca saiu daqui. A falta de indústrias, a agricultura caminha para o desastre, o rápido aumento do desemprego formal e suas consequências, inclusive com o aumento da criminalidade, não foram percebidos no paço municipal. Lá, a crise certamente não chegou. Por que Itapeva tem que sacrificar obras e investimentos, ainda mais obras e investimentos que vão atender os que mais precisam e dependem da administração pública? Como o posto de saúde do Jardim Virginia que teve a obra iniciada em período eleitoral e abandonada logo depois. Com a desfaçatez que se tornou sua marca, Cavani ainda deu ares ideológicos ao seu gosto por gastar o dinheiro dos outros.
Ao que tudo indica o prefeito ainda não teve a primeira lição em economia: o governo não gera riqueza, só taxa, e, portanto não pode ser por definição, a solução de todos os problemas da humanidade. Enquanto isso, funcionários do governo municipal desbravam novos territórios na prática da bajulação.
Enquanto isso verbas da educação são usadas para pagar gramas nas praças e o futuro de nossos jovens fica cada vez mais comprometido e Itapeva continua fazendo feio no IDEB. E as verbas da saúde são usadas na sua totalidade para cuidar de nossos doentes e prevenção? Verbas do esporte são usadas na sua totalidade para preparar nossos talentos? Itapeva cansou quer transparência e reclama da manutenção da questão “sob o manto da dúvida”, deduzimos que, “se abertos, os números seriam chocantes demais”. Já que o objetivo é driblar a lei, nosso prefeito poderia começar respondendo por que não apura (e não pune) os suspeitos de afanar o erário em seu governo. Ao que tudo indica, só quando Luiz Cavani deixar o governo a sociedade saberá o tamanho do estrago de sua gestão.
Ao mesmo tempo em que cala sobre o que acontece ao seu redor, ele deve voltar a seus discursos sobre honestidade. Em vão. A medida, além de infantil, não convence mais ninguém e apresenta-se apenas como uma jogada para esconder a própria sujeira. Para citar apenas os casos mais esdrúxulos, há denúncias de "patifarias" do cavanismo em vários setores de seu governo. Por isso, necessita do falso discurso da moralidade. A ordem palaciana é forçar o esquecimento público a qualquer custo.
Ufanar-se aos quatro cantos “sou honesto” pode ser sinal de desonestidade. Ser honesto é obrigação de qualquer cidadão.
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