sexta-feira, 8 de abril de 2011

Casamento Suspeito

Como já dizia meu amigo Jair Carvalho......."Karl Marx e Angels no manifesto comunista falaram que a religião é o ópio do povo", confesso que não concordo , mas agora entendo que existem cristãos e cristãos. A cada dia que convivo com os religiosos envoltos com a política chego perto da certeza que o casamento (religião x política) tem um futuro negro. Os verdadeiros não deixam a mão direita saber o que a mão esquerda fez.

Audiência pública da Copa do Mundo no dia 26

Os vereadores integrantes da Comissão de Especial para a Copa do Mundo definiram o próximo dia 26 de abril como data da primeira audiência pública sobre as obras e ações planejadas em Curitiba para sediar a maior competição esportiva do mundo. Já na próxima sexta-feira, 15, a comissão se reúne com o assessor especial do Ministério do Esporte, Joel Benin, que vai esclarecer sobre o conjunto de obras financiadas pelo governo federal.

Na audiência de 26 de abril, na administração regional Pinheirinho, a prefeitura vai apresentar à população as obras e demais atividades planejadas para a capital do Paraná em função da Copa do Mundo. “Vamos apresentar a comissão, mostrar os dados e debater com os moradores de Curitiba as mudanças que a cidade receberá por sediar a Copa de 2014”, explica o presidente da comissão, vereador Pedro Paulo.

Na reunião desta terça-feira (5), os vereadores também analisaram a planta-baixa das obras no aeroporto Afonso Pena. R$ 70 milhões estão custeando o aumento da capacidade do estacionamento do aeroporto, obras de logística e a construção de três novos terminais de passageiros. Uma nova pista está prevista nos recursos do PAC, mas não ficará pronta a tempo do evento esportivo.

Os vereadores agendarão uma nova reunião com o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc) e um ofício será enviado ao Clube Atlético Paranaense, para atualizar as informações referentes ao início das obras na Arena da Baixada.

Poloneses - Os vereadores Pedro Paulo, Julião Sobota e Pastor Valdemir Soares acompanharam nesta segunda-feira, 4, a visita da missão da Polônia ao Paraná. Acompanhados do secretário de Estado para Assuntos da Copa do Mundo, Mario Celso Cunha, eles estiveram no CT do Caju e também no Estádio Joaquim Américo, a Arena.

A delegação da região de Wielkopolska é integrada pelo governador, Marek Wosniak; o vice-governador, Leszek Wojtasiak; o representante da policia da região, Andrzej Wrzesinski; o presidente do Clube Desportivo KKS, Lech Poznan, e a diretora do Departamento de Economia, Beata Joanna Lozinska.

A comitiva busca a troca de informações na área da Copa do Mundo 2014 e também de segurança pública, já que em 2012 o país sediará a Copa Européia de Futebol, conhecida como a Copa da Uefa.



Fonte: Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O ignorante

O maior desafio da ciência política é o comportamento eleitoral, mas em época de eleição até que da para separar alguns perfis de eleitores. Tem aquele extremamente apaixonado, que não admite ao menos discutir sobre idéias e propostas, pois, para ele seu candidato é simplesmente o melhor e ponto. Passamos por vários perfis até chegar ao famoso analfabeto político que de cima de sua ignorância não percebe o prejuízo do seu posicionamento no processo democrático.

Quanto mais ignorante, maior certeza ele tem sobre as suas convicções; ele pouco reflete, não sofre com angústia da dúvida, não indaga sobre a origem das suas ideias e não sabe que praticamente tudo em que acredita provém de algum líder político, cientista, pensador ou religioso que já morreu. Possuem uma mente fechada e autoritária, na qual não entram idéias novas nem a espaço para dúvidas e questionamentos.

“A dúvida é o vestíbulo pelo qual todos precisam passar para adentrarem o templo da verdade” Com esta frase Charles Colton, deixa claro que o homem sábio tem a obrigação de questionar as suas idéias e crenças.

O autoritarismo é sempre um escudo para uma pessoa esconder sua fragilidade intelectual e seu fanatismo. A cada eleição que passa se percebe o porquê dos candidatos não apresentarem propostas concretas e convincentes para educação. Quanto mais ignorante o povo for mais barato é o voto.

Se os nossos representantes são de péssima qualidade, o que dizer então dos eleitores? Nós somos os responsáveis por cada deputado que colocamos no Congresso Nacional. Nas próximas eleições você pode escolher o destino de nossa região. Escolher o candidato certo é tomar uma decisão importante. Pesquise, debata com outras pessoas sobre as melhores opções. Mas na hora de votar, sua decisão é soberana e ninguém pode influenciar você.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

STF extingue ação contra Paulo Maluf

Ex-prefeito de São Paulo é beneficiado pela idade
No mesmo dia em que o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) completou 79 anos, na última sexta-feira, o "Diário da Justiça" publicou decisão que o beneficiou, graças à idade avançada, com o fim de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal.O ministro Joaquim Barbosa reconheceu a extinção da punibilidade de Maluf, acusado dos falsidade ideológica e de responsabilidade por fatos ocorridos em 1996, quando era prefeito de São Paulo.

Maluf e os ex-secretários de Finanças Celso Pitta e José Antônio de Freitas foram denunciados.
Barbosa extinguiu a ação em relação a Pitta (que morreu em novembro de 2009) e determinou o envio do processo para a Justiça de São Paulo, porque Freitas não possui prerrogativa de foro (o chamado “‘foro especial”).

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Projeto sudoeste

Tereza habita a dois quilômetros da sede da Câmara Municipal de Itapeva. Jacinto vive na zona rural, a oito quilômetros de área urbana. Vão ambos votar em três de outubro, para eleger deputados, governador, senador e presidente. Tereza pouco mais sabe sobre política que o velho Jacinto. Os candidatos aparecem de todos os lados, falaram de tudo, menos da região e da visão que irão defender no congresso e na assembléia. Vamos ter um parlamento que se dirá legitimo, mas que terá sido eleito com base nas agendas financeiras. Não há dúvida que a ambiguidade continua a ser a alma da política. Também é claro que o projeto sudoeste tem, neste momento, poucos intérpretes que o personalizem. Nestas eleições, precisamos eleger aqueles que realmente representem nossa região é arriscado ir ao limitado e cinzento.
A apatia e abstenção estão na ordem do dia. A culpa é dos políticos. Sabem quantas vezes um vereador de nosso município convidou a Tereza para assistir a uma seção de câmara? Nenhuma! O Jacinto coitado nem sabe quem são nossos representantes.

Faltam homens e mulheres com uma perspectiva supranacional, mas não escasseiam os problemas. Como não sou candidato a nada, vou me arriscar a mencionar os que parecem mais urgentes e estrategicamente relevantes.
Primeiro, a resposta à crise financeira e econômica que nossa região atravessa e nossos políticos fazem pouco caso. Há ainda muito trabalho de coordenação entre os municípios para se fazer. Contrariamente ao que pensam certos dirigentes do sudoeste a questão da regulamentação das atividades financeiras não é a única resposta necessária.

Para que serve o Condersul? É preciso criar um grupo de trabalho de alto nível que reflita sobre as questões de maior necessidade de nossa região principalmente o emprego. O Presidente do Condersul deveria apresentar aos candidatos a deputado da região um plano de promoção do emprego e de valorização profissional dos jovens. Um plano que tenha em conta as transformações estratégicas que a economia da região terá que seguir, para se manter competitiva.

Segundo, a posição de cada um referente às necessidades da saúde em nossa região, pois é inaceitável em uma região como a nossa não ter condições de cuidar de nossos doentes com o mínimo de dignidade. Esta cada vez mais claro que as ações e investimentos na saúde em nossa região requerem uma nova dinâmica.
Terceiro, os eleitos terão que desempenhar um papel de liderança que respeita à reforma das instituições no sudoeste. Com a possibilidade de criarmos o Tratado do sudoeste, haverá que rever as estruturas existentes, o papel dos diferentes departamentos, reduzir os custos e aumentar a eficiência. Rever a política agrícola, erros nesta área são pagos a preço de ouro. Com ajuda do Condersul estabelecer uma supervisão atenta, para evitar abusos, desigualdades de tratamento entre os municípios e a implementação incoerente da política regional.

Finalmente, como Tereza e Jacinto o ilustram de um modo bem claro, é essencial redefinir a relação entre os políticos e os cidadãos. Para começar, convirá lembrar que o sudoeste partilha bons e maus momentos de uma história comum, se inspira nos mesmos valores humanistas, na mesma filosofia de vida. Trata-se de um conjunto de vizinhos que querem crescer juntos. Que sabem que a bons representantes leva à prosperidade. É um projeto político, acima de tudo. Só é possível se os cidadãos acreditarem no seu valor.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Projeto ficha limpa é aprovado no Senado em meio a dúvidas

O projeto que proíbe a candidatura de políticos condenados pela Justiça foi aprovado por 76 votos a favor e nenhum contra. Como não houve modificações, a proposta segue para sanção do presidente Lula. No entanto, ainda há dúvidas sobre a validade da lei para as eleições de outubro. Segundo o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Demóstenes Torres, as mudanças previstas no projeto Ficha Limpa, se aplicadas nas eleições deste ano, devem impedir a candidatura de 25% dos políticos que pretendem concorrer. A proposta é de iniciativa popular e tramitava no Congresso desde setembro de 2009.


CBN SP

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O etanol e a desnacionalização da produção sucroenergética

O texto abaixo é do Prefessor e economista do MDA Flauzino antunes Neto que foi publicado na HP de São Paulo.
O texto que hoje publicamos é uma condensação da parte final do trabalho “A desnacionalização do setor sucroalcooleiro e seu impacto no mercado de trabalho”, do professor Flauzino Antunes Neto, que foi apresentado pelo autor no II Encontro de Trabalhadores Rurais do Estado de São Paulo, promovido nos dias 16 e 17 de abril pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). O tema, a penetração do capital estrangeiro na produção do etanol – basicamente, a compra, pode-se dizer, em massa, de usinas pela Louis Dreyfus, Bunge, Shell, BP e outros monopólios multinacionais – é mais do que pertinente, com repercussões gravíssimas sobre a economia e a soberania nacionais. Por esta razão, o trabalho do professor Antunes merece a atenção de todos os brasileiros. (Hora do Povo)

FLAUZINO ANTUNES NETO *
,O Brasil, através do Presidente Lula, está próximo de vencer uma enorme batalha - venceu já algumas rodadas - na disputa sobre qual tecnologia será a substituta do petróleo. Há grandes investimentos no setor e grandes apostas por jogadores de peso, como a Toyota, que aposta nos motores elétricos, a Mercedes, com híbridos, e parece-me que os motores a hidrogênio não estarão na disputa a curto prazo.

Agora o nosso país está novamente apresentando o álcool – o etanol. A tecnologia de produção de energia limpa e renovável é tão tradicional que se mistura com a história de nosso país. A nossa pergunta é: até quando?

Se depender de nossos queridos e tradicionais usineiros, logo essa tecnologia não será mais nossa, pois preferem ser comandados a comandar. É mais fácil, não demanda esforço, basta juntar-se aos grandes - pela porta do fundos, é claro.

O capital internacional está ávido por taxas altíssimas de lucro, como somente um novo mercado pode dar. E o Brasil, com suas terras abundantes e férteis, clima propício, tecnologia, mão-de-obra para a produção de energia limpa e renovável, e, principalmente, com os capitalistas que possui, vira presa fácil para tal empreitada dos capitais internacionais.

Os estrangeiros possuem duas coisas: mercado consumidor e capital. Portanto, utilizam-se dos seus meios de persuasão, como primeiros-ministros, políticos de prestígio e as mídias internacionais imparciais... Dificultam a entrada do etanol em suas fronteiras, alegando trabalho escravo, o avanço da cana em cima dos alimentos, as queimadas, o fim da Amazônia e etc. Resumidamente, o que propuseram foi uma troca - o mercado mundial a disposição do etanol em troca das usinas.

Deu certo! Supostamente, a entrada de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) estabiliza o Balanço de Pagamentos, e os usineiros aceitaram vender suas usinas, em troca de migalhas e sociedade minoritária no clube dos ricos. Como afirma Biaggi Filho, ex-usineiro (vendeu a Usina Moema, terceira na produção mundial de álcool, para a Bunge), em entrevista e artigo, publicados no jornal O Estado de São Paulo: “A única ligação que teremos com a Bunge é que não vendemos as terras, apenas a parte industrial. Então temos um contrato de venda de cana-de-açúcar para a Bunge de longo prazo, 15 anos” (Entrevista concedida a Eduardo Magossi e Gustavo Porto, “Não Pretendo Sair do Setor Sucroalcooleiro’, O Estado de São Paulo, 07/03/2010).

E, ainda, diz Biaggi:
“Alguns anos atrás, disse que em 2012 mais de 20% de toda a cana processada no Brasil já estaria nas mãos de grupos estrangeiros. Infelizmente, aquele prognóstico se confirmou antes do previsto. Com as últimas fusões e aquisições realizadas ao longo do ano que chega ao fim, as grandes tradings já controlam um quinto da moagem de cana no País líder mundial no setor. Se a isso acrescentarmos a transferência do controle do Grupo Moema - o último grande negócio do ano -, esse índice subirá para 25%.

“É um número elevado, principalmente se levarmos em conta que até dez anos atrás o setor estava totalmente em mãos de brasileiros. A internacionalização pode ser ainda maior se levarmos em conta que o maior grupo nacional (Cosan), liderado por Rubens Ometto de Mello, com 18 usinas, tem o capital aberto, sendo muito disputado por fundos de investidores que não se interessam nem pelo controle acionário nem pela gestão, mas pela rentabilidade do negócio - esse porcentual de participação é muito maior.

“A internacionalização parcial do setor sucroenergético brasileiro demonstra, em primeiro lugar, que a produção de cana, açúcar e etanol é um negócio suficientemente rentável para atrair o capital estrangeiro. Em segundo lugar, comprova que o empresariado nacional não teve cacife para acompanhar a grande valorização da atividade canavieira desde que o etanol se tornou uma promessa de commodity energético-ambiental.

“Olhando por um ângulo positivo, porém, a entrada de grandes grupos no setor pode garantir ao Brasil uma presença mais firme, efetiva e duradoura no mercado internacional de açúcar e de etanol. Efetivamente, não adianta chorar sobre o leite derramado. O capital nacional perdeu a liderança do setor, mas ninguém foi banido definitivamente da atividade. Resta intacto o capital intelectual construído ao longo dos séculos: uma habilidade agrícola sem igual e uma grande capacidade de manejo de usinas e destilarias em diversas latitudes do território brasileiro.

“A mais antiga lavoura brasileira, cuja implantação se confunde com a fundação do País, está agora num novo patamar. Ficaram para trás, sucessivamente, as eras dos senhores de engenho do Nordeste, dos barões do açúcar do Sudeste e dos usineiros estabelecidos em latifúndios familiares no interior. Na década de 1970, graças ao Proálcool, o setor foi parcialmente renovado pelas destilarias autônomas, que abriram terras de pastagens para o cultivo da cana. Num segundo momento, nos anos 90, esses pioneiros da era do etanol passaram a produzir açúcar também. (...)

“A internacionalização parcial do setor ocorre simultaneamente a um movimento de concentração econômica, reflexo também da violenta descapitalização ocorrida a partir do segundo semestre de 2008. Hoje os 30 maiores grupos do setor controlam 91 usinas, processam quase 50% da cana e são responsáveis por 54% da oferta de álcool da região Centro-Sul” (Biaggi Filho, M., “Setor Sucroalcooleiro e Capital Estrangeiro”, O Estado de São Paulo, 28/12/2009 - grifos F.A.).

Essa é a mentalidade dos nossos usineiros. Deixam de ser industriais promissores num setor de ponta para serem apenas agricultores - sem menosprezar a atividade agrícola, evidentemente, mas, na ordem cronológica das atividades, o setor industrial “está alguns passos” à frente da agricultura em termos de geração de valor agregado.

A situação para nós piorou, pois, recentemente, a Cosan, citada acima por Biaggi, também foi adquirida pela Shell, num negócio pouco transparente.

A tabela abaixo ilustra as potencialidades que tanto chamam a atenção dos estrangeiros:

A UNICA, entidade controladora do setor, que poderia ser a OPEP do etanol, também considera normal esse processo de aquisições no setor e fala numa tendência natural e benéfica para o etanol brasileiro: “Considerando-se todas as aquisições realizadas em 2010, o percentual do setor sucroenergético brasileiro sob controle de capital externo atinge a marca dos 22%, total ainda muito inferior ao de diversos outros segmentos da economia nacional, inclusive do próprio agronegócio” (“Acordo Equipav-Shree Renuka Sugars segue tendência do setor”, UNICA, 22/02/2010).

Em outras palavras, aguardam e anseiam por mais.
Assim uma a uma, nossas usinas são adquiridas pelo setor estrangeiro, em nome de um ganho de escala que em nada favorece o consumidor final e aos trabalhadores.

Se as empresas estrangeiras – partindo do zero – entrassem no mercado como concorrentes das brasileiras, aumentariam a produção, empregos, áreas plantadas, competição de preço e de qualidade. Se tal fato fosse possível ocorrer, os investimentos dispendidos pelas estrangeiras seriam enormes, pois não seria fácil concorrer com as nacionais, devido às nossas tecnologias. Para competir em condições de igualdade, seria impossível sem altos investimentos.

O que vimos é exatamente o contrário, empresas sendo fundidas ou adquiridas, diminuindo a competição, os empregos e a produção, criando grandes oligopólios, concentrando e controlando toda a oferta do etanol, assim como a procura de mão-de-obra. Sairemos de umas 400 usinas na mão de 80 grupos, para 90 usinas nas mãos de 30 grupos.

É evidente que o interesse que motiva os estrangeiros não é somente o ganho de escala ou os números de produção e potencialidade de mercado, e, sim, a energia limpa, renovável e, principalmente, barata.

O que falta ao Brasil é um política nacional para o etanol, não somente para ganhar mercado para ele, mas uma política desenvolvimentista de caráter estratégico, de manutenção do controle do capital e da tecnologia sob a batuta de brasileiros - em caráter privado ou estatal.

É tímida a reação do governo brasileiro, sobre a questão, por intermédio da Petrobrás, que se utiliza de empresas privadas parceiras, para adquirir algumas usinas e entrar no mercado, anunciado pela UNICA, com a união da ETH-Brenco. Nada muito expressivo, nem muito estratégico, apenas ações seguidoras da tendência promovida pelo setor. Temos que acordar, pois, é exatamente isso que os estrangeiros já estão fazendo.

No site da UNICA, o destaque era para o interesse do governo canadense no nosso etanol:
“A atenção que o setor sucroenergético brasileiro vem atraindo mundialmente chegou também ao governo do Canadá, que enviou ao Brasil um grupo de técnicos e executivos de diversas áreas da administração pública federal para conhecer melhor a atuação do setor e entender suas estratégias. O grupo, parte do Programa Avançado de Liderança do governo canadense (Advanced Leadership Programme - ALP) foi recebido na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na quinta-feira, dia 04 de fevereiro de 2010. (..) Como funcionários do governo, este seleto grupo foi enviado para observar exemplos de liderança em diversas áreas. Há muito o que aprender com as melhores práticas do setor sucroenergético brasileiro” enfatizou Paul Brunet, cônsul político do Canadá em São Paulo, em carta de apresentação do grupo enviada à UNICA” (“Setor sucroenergético brasileiro é estratégico para governo canadense”, UNICA, 17/02/2010).

É também sobre os custos de produção dessa matriz energética, o outro chamariz da invasão estrangeira: “O interesse pelo etanol brasileiro é motivado pelos seus custos de produção, US$ 0,22 por litro, inferior ao custo estadunidense, de US$ 0,30 e da União Europeia, US$ 0,53.” (Santos, J. C. e Pessoa, V. L. S., “A Territorialização das Empresas do Setor Sucroalcooleiro na Microrregião Geográfica de Presidente Prudente/SP, as Tramas do Capital e os Impactos no Mundo do Trabalho”, Revista Geográfica Agrária – v. 3, n. 5, p 243-263, fevereiro - SP – 2008").

Esse é o real motivo deles aportarem aqui, e não acolá. Somados à necessidade de um substituto para a gasolina – principalmente nos EUA - ao baixo custo de produção do etanol brasileiro – leia-se terra abundante, clima, tecnologia de ponta e mão-de-obra barata - e aos fatores acima discorridos, compreende-se um casamento perfeito para os interesses dos especuladores estrangeiros.

Não há como se iludir que essas empresas estrangeiras irão tratar melhor o trabalhador, pois, não vão. Pois é na base da pressão sobre os trabalhadores que se irão manter os custos baixos na produção. Na forma de trabalho escravo, talvez, tenha-se uma melhora ou uma evolução – não será totalmente descartado -, mas na redução dos salários da classe toda e no desemprego com toda a certeza.

Compreendemos que a economia é uma grande engrenagem, que gira interna e externamente. O nosso dever é alertar para que os dentes da engrenagem não nos esmaguem.

Com a preocupação macroeconômica, de equilíbrio e aumento das reservas internacionais, o governo brasileiro titubeou numa política interna de proteção ao capital nacional no setor sucroalcooleiro, ou de uma participação mais ativa no mercado do etanol, pelo Estado, através de suas autarquias ou da própria Petrobrás.

Isso reflete-se na perda da liderança da produção do etanol, e das enormes remessas de lucros, expropriados da nação brasileira, ano a ano, desequilibrando nossas contas nacionais, permitindo a criação de um cartel das transnacionais, no etanol, para pressionar e espoliar ainda mais a nação brasileira, com o controle de preços e da mão-de-obra, sacrificando duplamente a população do Brasil.

Cabe a nós todos nos levantarmos contra o que esta aí, manifestando-se a favor de políticas nacional-desenvolvimentistas, em prol das defesas de nossas riquezas para que estas sejam produzidas por brasileiros e distribuídas de forma justa para toda a nação!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Que luta!!!!

Pessoal, obrigado agradeço a todos que estão me apoiando neste guerra...Obrigado mesmo tenho a certeza que apesar de todo o sofrimento...A vitoria esta perto, bem perto.....