quinta-feira, 12 de junho de 2008

Tempo quente

A coluna começa com uma pergunta dura, mas impositiva: quem hoje, exceto os assessores e áulicos, confia em Luiz Cavani? Parece evidente que os crentes são poucos. O prefeito atingiu o fundo do poço em matéria de credibilidade. Sua excelência mente. E blefa. São tantas e tão repetidas as farsas que a população já percebeu que a maré de versões fantasiosas, as histórias inverídicas e a insistência em se auto-elogiar fazem parte de uma estratégia própria, de quem usa a burla como método. Mas essa máscara do Luiz caiu. Se espatifou. O surrado discurso da transparência, da ética e da moralidade, que foi cuidadosamente anexado à personalidade de Luiz, hoje sabe-se que é tão verdadeiro quanto uma nota de 3 reais.
Educação
O senador Cristóvam Buarque (PDT), quando da última eleição presidencial, afirmava na campanha que a sua única prioridade seria a Educação. Todos os demais problemas deveriam esperar, visto que, resolvido o primeiro, os outros também seriam solucionados. O pedetista insistiu tanto na mesma tecla que chegou a ser ridicularizado pelos adversários, não obstante a tese seja absolutamente correta. Em Itapeva, lamentavelmente, o ensinamento do professor nem de longe é seguido. Ao contrário. Sob o comando de de uma afilhada política, o setor vive uma crise histórica. O desprezo é tamanho que a secretária, em vez de trabalhar efetivamente para a área, dedica-se a atividades político-partidárias, sobretudo as que envolvam o próprio umbigo. Enquanto professores e alunos pedem socorro, ela só pensa na reeleição do chefe. A agonia é geral.
Despropósito
Como pode um secretário que não consegue dar conta de resolver o básico em sua pasta e, para piorar, ainda pode se ver enroscado em denúncias pode falar em certo semanário de Itapeva em ética e moral e um dia pensou em pleitear com tamanha desfaçatez a indicação a vice-prefeito de Itapeva? Ética, mais do que nunca, é um bom assunto a ser debatido com profundidade nas salas de aula da rede pública de ensino. Lugar esse, pouco freqüentado por tal secretário.
Fogo amigo I
De um aliado (?) do atual prefeito:“Cavani é especialista em usar as armas que tem. Quando o assunto não é de seu interesse vai para debaixo do tapete”.
Fogo amigo II
Esta é do Dr. Ulisses:“Será que é só o asfalto que dá voto? E Saúde só dá despesa?Então, o que deveria era se ter um olhar mais benigno para a Saúde, porque nem se compara o valor recebido para a infra-estrutura [asfalto] com o para a Saúde de Itapeva."
Parceria
Ultimamente e comum encontrar funcionários do município reclamando da violência que aumenta a olhos nus em Itapeva, façam uma sugestão ao rei, tente incluir na sua plataforma a parceria entre as empresas privadas e o terceiro setor para transformar áreas abandonadas da periferia em espaços públicos de lazer para os moradores de bairros carentes, com objetivo de diminuir os altos índices de violência no local. Com a participação da comunidade em todas as etapas, o que ajudará a prevenir a criminalidade e a construir uma nova área de convivência pacífica. Nossaaaa viram como não é difícil, mas é claro os resultados só aparecem anos depois das ações. Gente basta querer e o nosso prefeito já provou que não quer...Ele gosta mesmo é de maquiagem.
Teatro
Antônio Fagundes teria inveja. Francisco Cuoco idem. Na arte de encenar, poucos políticos são tão talentosos quanto o prefeito de Itapeva. Seja no palco para uma platéia de assessores e áulicos, seja em frente às câmeras, ele incorpora um personagem irreal com a mesma desenvoltura de quem acostumou-se a interpretar. Quem acompanha o Luiz nos eventos em nosso município, vê um Luiz Cavani assim. Acuado com a debandada, ele decidiu partir para o ataque e distribui cargos de confiança principalmente a integrantes do PMDB. O que aconteceu com a opinião de que o PMDB era uma sigla inexpressiva e mantinha em seus quadros o saqueador dos cofres públicos (É era assim que ele chamava o que é hoje um de seus maiores aliados). Na comédia cavanista, os espertos são eles. Os bobos somos nós.
Verborragia
Sua excelência não poupou a voz, nem a impostação, nem os adjetivos para se auto-elogiar como o comandante de um governo sério, seríssimo. Aplausos para esses discursos, só consegue de funcionários que são empregados na prefeitura com cargos de confiança.

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